terça-feira, 2 de julho de 2013

PED_003 - Projeto Experimental de Dramaturgia

Antes de começar este post, gostaria de compartilhar minha alegria e dizer que este projeto está sendo colocado em prática!!! Sim, eu e Eduardo Mehl, estamos lecionando em uma oficina de teatro no Colégio Estadual Leocádia Braga Ramos, em Pinhais-PR. Os trabalhos estão começando a tomar forma e conteúdo, tudo isso através do jogo psicodramático do qual estamos fazendo uso, nós jogamos e criamos, todos, juntos. 
Abaixo, segue mais um trecho do texto que estamos produzindo.

Alguém”
Existem dúvidas que surgem e vão embora
Existem dúvidas que surgem e fixam em você
Aquelas perguntas que se instalam aqui dentro nem mesmo algum cientista explicaria...
Mas, até onde eu devo me respeitar?
Até onde sei que estou correto?
Até onde sei que posso sentir?
Sentir?
Você?
Mas como?

Pausa longa.


Foi tão rápido que eu ainda me pego rindo das coisas que aconteceram.
E tudo isso faz parte um grande abismo em mim que cai para o meu próprio
interior.

No final das contas percebo o quão chato é SER uma dúvida.


terça-feira, 2 de abril de 2013

PED - Projeto Experimental de Dramaturgia_002

                                                               

                                                                               -/-

 A sinceridade da idade é apenas uma fase.
Uma fase é apenas um período da vida.
E se eu vivi bem todas as minhas fases? Não sei.
Devo responder isso pra quem?            Não foi suficiente todo o meu esforço?
Todos as rugas de trabalho que carrego no rosto... fazem parte, de uma fase
                                                                                                                   difícil
                             Alguns períodos são melhores que os outros
Outros...nem deveria ter passado.
E após tantas...
fases...
Ainda me pergunto:
                                                                   Qual é a minha função?
Porque é que ainda devo andar com as rédeas presas? Se já tenho forças nas asas que trabalhei tanto para construir?
Ou não.
já estão atrofiadas no ensejo da minha força de vontade que precisa de alguma maneira correr contra o tempo

contra as gerações e mentes avançadas para o meu
                                                                              lento
                                                                                        (respira) respirar.
Entretanto, já sei que há perigo na esquina e o sinal
                                                                              está fechado pra nós
que somos
jovens.

PED - Projeto Experimental de Dramaturgia

Olá! Este blog tem o intuito de promover a arte, portanto, quero apresentar o meu projeto que surgiu há pouco tempo. É mais uma experiência, pois acredito na contemporaneidade da dramaturgia, sem amarras, desconstruída, mas não qualquer coisa sabe?
O texto abaixo é o último recorte de um arquivo que está cheio de memórias que compartilharei aos poucos. A formatação é assim mesmo. Boa leitura!

                                                                      -/-

 É sério, ainda penso que posso tornar tudo isso uma grande obra...
não sei escrever assim, não sei como ele escreve tão bem
Imagino minhas mãos estampadas lá, na mesma peça, com o mesmo tom, a mesma beleza que só um maluco como ele entende,
Eu também entendo, quero ser igual
Igual mas diferente, entende? Porque o diferente é mais original quando inspirado numa grande adaptação, que é original, por sinal.
E mesmo assim, botando tudo que me vem a cabeça ali, eu ainda acho que isso se tornará uma grande … Peça de teatro!
Pobre achismo,
porém, sempre tem um maluco que vai gostar, sempre tem um maluco como ele que entende que eu entendo que ele entende da mesma coisa que eu entendo quando quero entender o que você me propõe a pensar.
É uma sinestesia repentina, entende? Aparece, o tempo, todo...Compulsivo!
Aí ela me pergunta se eu realmente deveria continuar (risos), não sei é bem difícil, entende? Não é assim tão vulgar, mas é como se fosse.
                                                                       EN
                                                                             TENDE?

                                                                     -/-
Compartilhe se gostou, critique, aqui é um espaço aberto. Grato, volte sempre!

domingo, 31 de março de 2013

Festival de Curitiba - Homem ao Vento


Oi! Esse é meu primeiro texto SOBRE teatro, estou tentando, juro, melhorar. Agradeço sua compreensão e espero ter colaborado em algo ;)



Homem ao Vento é um espetáculo que propõe diversas reflexões a respeito de nós mesmos, uma enxurrada de frases soltas que tocam o âmago dos nossos pensamentos sobre o homem. Aliás, a pesquisa do diretor e dramaturgo, Marcos Damaceno baseia-se de certa forma nisso: quem somos?
A direção de Laércio Ruffa traz uma estética sensível, que nos faz pensar em vários momentos sobre nossos “desertos”, as sensações de ausência, necessidade, vaidade. A proposta de trocar a posição “natural” de atores e público foi muito bem aplicada à medida que o texto se alicerçava, assim, tudo se modificava, todos os elementos ficavam mais visíveis, as personagens já estavam posicionadas em seus devidos locais, para quem sabe, começar uma peça, porém, eles mesmos já cobravam do próprio autor o fim da mesma.
Junto disso, luz e sonoplastia apresentavam-se cada vez mais intensas e definidas, longe do desfoque abstrato do início, sendo possível enxergar com clareza, alguma linha do texto e sua psicologia.
É uma história que poderia ser contada de diversas maneiras, o casamento do Homem com Rosa, parece bobo, mas o próprio autor expõe que a vida é um jogo, como todo jogo existem regras e regras são quebradas, a contemporaneidade nesse espetáculo foge de qualquer padrão de dramaturgia.
Em outras palavras, Homem ao Vento é sensível e poético, por outro lado é denso, pautado e enigmático. Mas tudo isso é muito bem equilibrado e torna esse trabalho ímpar!
Parabéns a todos, em especial ao meu amigo Edu Mehl, ator do espetáculo, que me convidou para assistir.
Até breve!