Oi! Esse é meu primeiro texto SOBRE teatro, estou tentando, juro, melhorar. Agradeço sua compreensão e espero ter colaborado em algo ;)
Homem
ao Vento é um espetáculo que propõe diversas reflexões a respeito
de nós mesmos, uma enxurrada de frases soltas que tocam o âmago dos
nossos pensamentos sobre o homem. Aliás, a pesquisa do diretor e
dramaturgo, Marcos Damaceno baseia-se de certa forma nisso: quem
somos?
A
direção de Laércio Ruffa traz uma estética sensível, que nos faz
pensar em vários momentos sobre nossos “desertos”, as sensações
de ausência, necessidade, vaidade. A proposta de trocar a posição
“natural” de atores e público foi muito bem aplicada à medida
que o texto se alicerçava, assim, tudo se modificava, todos os
elementos ficavam mais visíveis, as personagens já estavam
posicionadas em seus devidos locais, para quem sabe, começar uma
peça, porém, eles mesmos já cobravam do próprio autor o fim da
mesma.
Junto
disso, luz e sonoplastia apresentavam-se cada vez mais intensas e
definidas, longe do desfoque abstrato do início, sendo possível
enxergar com clareza, alguma linha do texto e sua psicologia.
É
uma história que poderia ser contada de diversas maneiras, o
casamento do Homem com Rosa, parece bobo, mas o próprio autor expõe
que a vida é um jogo, como todo jogo existem regras e regras são
quebradas, a contemporaneidade nesse espetáculo foge de qualquer
padrão de dramaturgia.
Em
outras palavras, Homem ao Vento é sensível e poético, por outro
lado é denso, pautado e enigmático. Mas tudo isso é muito bem
equilibrado e torna esse trabalho ímpar!
Parabéns
a todos, em especial ao meu amigo Edu Mehl, ator do espetáculo, que
me convidou para assistir.
Até
breve!
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