domingo, 31 de março de 2013

Festival de Curitiba - Homem ao Vento


Oi! Esse é meu primeiro texto SOBRE teatro, estou tentando, juro, melhorar. Agradeço sua compreensão e espero ter colaborado em algo ;)



Homem ao Vento é um espetáculo que propõe diversas reflexões a respeito de nós mesmos, uma enxurrada de frases soltas que tocam o âmago dos nossos pensamentos sobre o homem. Aliás, a pesquisa do diretor e dramaturgo, Marcos Damaceno baseia-se de certa forma nisso: quem somos?
A direção de Laércio Ruffa traz uma estética sensível, que nos faz pensar em vários momentos sobre nossos “desertos”, as sensações de ausência, necessidade, vaidade. A proposta de trocar a posição “natural” de atores e público foi muito bem aplicada à medida que o texto se alicerçava, assim, tudo se modificava, todos os elementos ficavam mais visíveis, as personagens já estavam posicionadas em seus devidos locais, para quem sabe, começar uma peça, porém, eles mesmos já cobravam do próprio autor o fim da mesma.
Junto disso, luz e sonoplastia apresentavam-se cada vez mais intensas e definidas, longe do desfoque abstrato do início, sendo possível enxergar com clareza, alguma linha do texto e sua psicologia.
É uma história que poderia ser contada de diversas maneiras, o casamento do Homem com Rosa, parece bobo, mas o próprio autor expõe que a vida é um jogo, como todo jogo existem regras e regras são quebradas, a contemporaneidade nesse espetáculo foge de qualquer padrão de dramaturgia.
Em outras palavras, Homem ao Vento é sensível e poético, por outro lado é denso, pautado e enigmático. Mas tudo isso é muito bem equilibrado e torna esse trabalho ímpar!
Parabéns a todos, em especial ao meu amigo Edu Mehl, ator do espetáculo, que me convidou para assistir.
Até breve!

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